O dia das
formigas é o segundo volume da trilogia “O Império das Formigas”, segue a mesma
linha de raciocínio do livro anterior, mostra os humanos em paralelo com as formigas. Porém
esse volume é muito mais filosófico que o anterior.
O mais interessante é que nesse volume um dos humanos faz com que as formigas acreditem que os humanos são Deuses. Dessa maneira dentro do formigueiro acaba nascendo um grupo de formigas que acreditam que os Dedos (como as formigas chamam os humanos) são Deuses e se tornam “Deístas”, e assim começa uma guerra dentro do próprio formigueiro entre as deístas e as não-deístas. Nessa parte o Werber faz uma grande alusão a nossa sociedade na qual muitas vezes matamos pessoas e julgamos os “Deuses” em que os outros acreditam dizendo que o “nosso Deus é melhor” do que o outro, sendo que realmente nem sabemos se ele existe ou não, gostei muito dessa parte do livro, pois criticou muito as ações dos humanos. O problema em si não é acreditar em um Deus, mas a futilidade em guerrear com semelhantes por causa de uma crença.
Outro ponto interessante e muito
filosófico é que as formigas começam a descobri a individualidade, passam a
discordar das autoridades (formiga rainha), além de começarem a se questionar
“de onde vieram”, “por que existem”, as mesmas perguntas que são tipicamente
humanas. Para quem gosta de filosofia é um prato cheio.
O livro se torna um pouco mais
extenso do que o necessário e em certos momentos meio chato e cansativo, demora
muito para chegar no clímax. Além de possuir muitas cenas exageradamente
fantasiosas sobre as formigas, e o final também não é um dos melhores,
principalmente na parte dos humanos. Enfim, é um livro que eu gostei bastante,
e que recomendo, pois ele faz muito debates e questionamentos, apesar de desagradar
em certos momentos, compensa a leitura dele. Espero que gostem!